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EDUNILA lança guia para identificação de abelhas sem ferrão

A Editora da UNILA (EDUNILA) lança, nesta sexta-feira (25), o Guia Etnotaxonômico Ilustrado das Abelhas sem Ferrão da Tríplice Fronteira.

O lançamento será às 17h, no Youtube da UNILA, e contará com a participação dos autores, os pesquisadores Fernando Zamudio, do Instituto Multidisciplinar de Biologia Vegetal de Córdoba, e Leopoldo Jesús Alvarez, da Divisão de Entomologia do Museu de La Plata. O encontro será mediado pelo biólogo e professor da UNILA, Fernando Zanella.

Lançado em parceria com a Editora da Universidad Nacional de Córdoba (Argentina), o Guia tem o objetivo de ajudar os moradores da região trinacional a identificar as espécies de abelhas silvestres, sem precisar de conhecimentos técnicos ou instrumentos específicos. De acordo com os autores, não se sabe o número exato de espécies desse grupo de abelhas que habitam na região da fronteira do Brasil, Paraguai e Argentina. Na América, são cerca de 400 espécies descritas, distribuídas do México à Argentina Central.

“Estas abelhas são amplamente conhecidas pelas sociedades indígenas e rurais da América, pelo fato de produzirem um mel requintado que tem sido usado desde os tempos pré-hispânicos, muito antes de a abelha europeia ter sido introduzida nas Américas. Em nosso continente, rico em cultura e natureza, as abelhas sem ferrão vivem em estreita relação com os seres humanos, resultando em uma amplitude de conhecimentos, práticas e representações que são incorporados às cosmologias das sociedades que habitam”, colocam os autores na apresentação do livro.

O livro propõe duas formas de identificação das espécies de abelhas, por meio de chaves etnotaxonômicas e via identificação intuitiva. Ambas se baseiam nos critérios utilizados pelos moradores das zonas rurais de Misiones, para identificar e reconhecer esse grupo de abelhas.

Embora o livro tenha surgido a partir de uma pesquisa no Norte de Misiones, é possível reconhecer essas abelhas nos três países que integram a tríplice fronteira. Nessa região, é comum encontrar na zona rural (e em algumas regiões urbanas também) colônias de abelhas silvestres instaladas na entrada de residências, pelo valor estético e recreativo das colmeias e, também, pelo uso medicinal do mel. “Em Misiones, as preferidas para levar para casa são as abelhas da espécie Jataí – embora haja habitantes curiosos que gostem de experimentar e, às vezes, criar as Mirim, as Tubuna, as Maduri ou até a Mombucão”, ressaltam os pesquisadores.

As abelhas sem ferrão

Na classificação científica, as abelhas sem ferrão pertencem à família Apidae e estão agrupadas na tribo Meliponini. São abelhas sociais – apresentam cuidado cooperativo com os filhotes e divisão do trabalho – que vivem em colônias formadas por centenas ou milhares de indivíduos. A principal diferença com outras abelhas é o fato de não terem um ferrão funcional, ou seja, não picam.

A primeira dica do Guia para identificar uma abelha sem ferrão é que elas são pequenas, nunca maiores do que a abelha europeia, e de coloração discreta. De acordo com o Guia, há espécies com hábitos de vida muito diversos. “Embora geralmente façam seus ninhos em ocos de árvores (vivo ou morto), algumas espécies fazem colônias sob o solo; outras, em ninhos externos semelhantes a cupinzeiros. Há, ainda, as que se adaptam para construir colônias dentro de buracos em paredes de edifícios e em locais inesperados, como dentro de um motor de um trator abandonado, como pudemos ver em uma fazenda em Misiones”.

Mesmo sem ferrão, algumas espécies podem apresentar comportamentos agressivos, inclusive depositando substâncias irritantes, como o ácido fórmico. Há, ainda, um grande número de espécies evasivas que apresentam estratégias de camuflagem e param sua atividade na presença de intrusos.

Serviço
Lançamento do Guia Etnotaxonômico Ilustrado das Abelhas sem Ferrão da Tríplice Fronteira
Sexta-feira, 25 de fevereiro, 17h
Canal do Youtube da UNILA – https://www.youtube.com/UNILA

Os livros da EDUNILA podem ser adquiridos na sede da Editora (UNILA PTI). Informações pelo e-mail editora@unila.edu.br.

Créditos: UNILA.

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