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Governo dinamarquês faz visita técnica à Itaipu

Iniciativa abre roteiro da Dinamarca no Brasil e faz parte de acordo de cooperação entre os dois países para acelerar a transição energética.

 

Uma comitiva do governo dinamarquês visitou nesta terça-feira (8) a usina de Itaipu. Acompanhados de representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), os visitantes passaram pelo Parque Tecnológico Itaipu, incluindo o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBiogás), e também pela área industrial da usina.

A visita abre um roteiro de uma semana no Brasil, como parte de um acordo de cooperação entre os governos do Brasil e da Dinamarca, que tem como objetivo a troca de experiências para acelerar a transição energética (substituição de fontes de energia poluentes por renováveis, que não emitem gases de efeito estufa).

Conforme explicou o secretário adjunto do MME, Marcello Cabral, a Dinamarca (assim como Brasil) foi um dos países escolhidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) para liderar as discussões sobre a transição energética no Diálogo de Alto Nível sobre Energia.

“O objetivo é deste acordo é promover uma transição energética justa, limpa, respeitando as especificidades de cada país. E a cooperação com a Dinamarca deverá ser muito rica, no sentido de ver como cada um tem se preparado para a transição”, afirmou Cabral, destacando que um dos temas que interessa bastante ao Brasil é a fonte eólica offshore (a geração de energia a partir do vento em aerogeradores instalados em plataformas marítimas).

Segundo Ole Emmik Sorensen, diretor da Agência Dinamarquesa de Energia, órgão ligado ao Ministério de Energia daquele país, a Dinamarca tem muitas lições aprendidas a compartilhar, especialmente em relação às fontes solar e eólica. “Estamos vendo o grande potencial e a infraestrutura que o Brasil construiu”, resumiu Sorensen, chamando a atenção para o exemplo de Itaipu.

“Já havia visto hidrelétricas de menor porte, mas nada nesta escala. A magnitude da construção e da energia gerada aqui é uma realização fantástica”, afirmou. “A grande vantagem da hidroeletricidade, como no caso das 56 usinas presentes no Rio Paraná, é que é possível equilibrar o sistema elétrico com essa energia. Usamos o mesmo princípio na Dinamarca com usinas localizadas na Noruega, mas não nessa escala que vemos no Brasil”, acrescentou.

Depois de Foz do Iguaçu, a comitiva dinamarquesa segue para Brasília, onde terá encontros com o Ibama, Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O roteiro termina na próxima sexta-feira (11), no Rio de Janeiro, onde os dinamarqueses conhecerão o Centro de Operações do Sudeste do Operador Nacional do Sistema (ONS) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Créditos: Sara Cheida/Itaipu Binacional.

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