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Nova fase de campanha nacional contra a violência doméstica é lançada na Itaipu

Em seu segundo ano, Campanha Sinal Vermelho foca no papel dos homens no combate à violência contra as mulheres.

 

A Itaipu Binacional foi palco da celebração de dois anos da Campanha Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica, promovida pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB) em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Uma cerimônia no Mirante Central, na noite de quarta-feira (29), reuniu mais de 100 convidados e marcou a nova etapa da campanha que, agora, foca na mobilização dos homens no combate conta a violência doméstica.

O diretor técnico executivo da Itaipu, David Krug, representou o diretor-geral brasileiro, Anatalicio Risden Junior, no evento. Também participaram o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins; a presidente da AMB, Renata Gil; o presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, José Laurindo de Souza Netto; a Ouvidora do CNJ, Tânia Requizíeguel; a atriz e apoiadora da campanha Luiza Brunet e demais autoridades.

“Nós escolhemos Foz do Iguaçu e a Itaipu para iniciar essa nova fase da campanha, porque esse é um local onde passam milhares de turistas e nossa intenção é que a campanha se torne cada vez mais conhecida”, afirmou Renata Gil. Segundo ela, o primeiro ano da campanha foi marcado com uma celebração no Cristo Redentor, que foi iluminado de vermelho. Na Itaipu, além da iluminação tradicional da barragem de concreto, outros monumentos, com as Calotas do Parque da Piracema e o Memorial da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), receberam a luz vermelha da campanha.

Para a embaixadora da campanha, a atriz Luiza Brunet, é simbólico o lançamento da segunda fase da campanha na usina hidrelétrica. “Aqui é um polo muito importante de turismo e vai ajudar a levar essa campanha para outros estados e para o mundo todo”, resumiu. A atriz lembrou que ela própria foi vítima da violência doméstica e acredita que “a violência doméstica é democrática, pode atingir todas as mulheres e, por isso, precisamos nos unir para combater esse mal”.

Segundo Davi Krug, Itaipu tem entre suas diretrizes fundamentais o respeito à dignidade humana e se alinha ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 5, que trata da Igualdade de Gênero. “A violência doméstica é uma preocupação de empresas socialmente responsáveis e, em Itaipu, é uma preocupação constante”, afirmou. “As nossas ações sociais impactam positivamente na dignidade do ser humano, respeitando os seus direitos e seus aspectos que constituem a diversidade, especialmente, no que concerne ao gênero.”

Sinal Vermelho

Lançada em 2020, a Campanha Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica incentiva que mulheres vítimas de violência desenhem um “X” vermelho na palma da mão para fazer a denúncia silenciosa da violência. Assim, um ou uma atendente de farmácia, drogaria, cartório ou outro estabelecimento parceiro pode reconhecer a informação e acionar a polícia de forma discreta.

A campanha já mobilizou mais de 15 milhões de pessoas e virou lei federal, em julho de 2021. A Lei 14.118 inclui um novo parágrafo no crime de lesão corporal, agravando a pena caso a ação seja feita contra a mulher. Atualmente, 18 estados e o Distrito Federal têm normas locais que institucionalizam a campanha. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022, houve um decréscimo de 1,7% nos índices de feminicídio no País.

“São dois anos em defesa da vida, dois anos em defesa da igualdade, de alertar as pessoas para o encontro da paz. Nós queremos que essa campanha seja da igualdade de gênero, que ela dignifique as pessoas”, colaborou o ministro Humberto Martins.

Violência doméstica

No Brasil, 27% das mulheres de 15 a 49 anos já sofreram algum tipo de violência. São quatro feminicídios por dia e, a cada dez minutos, uma mulher é estuprada. Os números fazem o Brasil figurar entre os países com maior vulnerabilidade da mulher.

“Em dez anos, são 55 mil feminicídios no País, é como um estádio de futebol lotado. Essas mulheres não precisavam morrer, por isso, uma política de enfrentamento à violência contra a mulher é de suma importância”, colaborou Tânia Requizíeguel, do CNJ.

Créditos: Rafael Kondlatsch/Itaipu Binacional.

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