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Projeto-Piloto de Usina Solar Flutuante

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A Itaipu Binacional deu aval, nesta quinta-feira (13), para a implementação de uma usina solar flutuante sobre a superfície do reservatório da hidrelétrica. Aproximadamente dois mil módulos fotovoltaicos serão posicionados em uma área entre 7 e 10 mil metros quadrados – dimensão inferior a um hectare – localizada no setor paraguaio da usina. O prazo estabelecido para a execução da obra é de 150 dias, acrescido de mais 180 dias para suporte técnico, capacitação e aprovação final do sistema.

Parceria Internacional e Características do Projeto

A autorização da obra foi formalizada pelos diretores-gerais da Itaipu, Enio Verri (Brasil) e Justo Zacarias Irún (Paraguai), juntamente com os representantes do consórcio binacional Sunlution-Luxacril, Ediléu Cardoso Jr. e Sebastian Rojas.

A unidade solar, de caráter experimental, terá uma capacidade de 1 MWp (Megawatt-pico), logo suficiente para suprir a demanda energética de cerca de 650 residências.

Impacto e Objetivos do Projeto Piloto

Segundo Enio Verri, a energia gerada pela instalação flutuante – entre 1,8 mil MWh e 2 mil MWh anuais – contribuirá para suprir parte do consumo dos escritórios da própria Itaipu. O principal intuito do projeto é viabilizar estudos sobre sua eficácia, avaliar suas vantagens e verificar eventuais impactos ambientais no reservatório.

Sendo assim, com base nos resultados, será possível planejar expansões tanto na própria Itaipu quanto em outras represas do Brasil e Paraguai.

Energia Como Ferramenta de Inclusão Social

“Nosso governo entende que a energia elétrica é um instrumento essencial para a inclusão social. Quem tem acesso a eletricidade pode possuir uma geladeira, outros eletrodomésticos e, consequentemente, mais qualidade de vida. O Brasil, sendo o maior produtor mundial de energia hidrelétrica, tem o privilégio de aproveitar suas usinas para gerar energia solar. Estou certo de que, em poucos anos, poderemos ofertar essa energia à sociedade”, destacou Verri.

 

Potencial de Expansão da Geração Solar Flutuante

O CEO do grupo KWP Energia/Sunlution, Ediléu Cardoso Jr., ressaltou o potencial da tecnologia. Em suma, de acordo com ele, se apenas 10% da superfície do reservatório fosse utilizada, seria possível instalar uma planta solar com capacidade de 14 mil MW, o equivalente a uma nova Itaipu.

“Trata-se do primeiro projeto mundial dessa envergadura em uma hidrelétrica binacional. Pois esse é um passo fundamental para o crescimento da energia solar flutuante em larga escala”, enfatizou.

Benefícios Ambientais e Tecnológicos

Durante a apresentação técnica, conduzida por Pedro Domaniczky, chefe da Assessoria de Energias Renováveis do lado paraguaio, e pelo engenheiro Márcio Massakiti, do lado brasileiro, foram discutidas as vantagens do sistema. Conforme Massakiti, a tecnologia flutuante evita o desmatamento e a ocupação de terras produtivas, além de reduzir a evaporação da água e minimizar a proliferação de algas, beneficiando o ecossistema aquático.

“Agora teremos a oportunidade de comparar dados antes e depois da instalação, proporcionando embasamento técnico para futuras decisões da Itaipu”, explicou.

Investimento e Tecnologia de Ponta

O consórcio Sunlution-Luxacril venceu a concorrência pública com uma proposta de US$ 854,5 mil, valor 11,72% inferior ao previsto no edital. Portanto, contrato contempla a elaboração do projeto de engenharia, fornecimento de equipamentos elétricos, sistemas de controle e instrumentação, estrutura mecânica, obras civis, montagem e comissionamento. “Estamos trazendo para Itaipu a mais moderna tecnologia em energia solar flutuante disponível no mundo”, garantiu Ediléu Cardoso Jr.

Fonte: Imprensa IB.
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