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No Dia Mundial da Água, lontras do Refúgio Biológico de Itaipu têm alimentação especial

Foi preparado um banquete sobre uma jangada como forma de enriquecimento ambiental da espécie. Ação é voltada para o bem-estar dos animais em cativeiro.

 

Para marcar o Dia Mundial da Água, celebrado nesta terça-feira, 22 de março, os profissionais da área ambiental da Itaipu promoveram um enriquecimento ambiental com as lontras do Refúgio Biológico Bela Vista (RBV). A alimentação do dia foi colocada em cima de uma pequena jangada de bambu, que ficou flutuando no lago do recinto. Mara e Bigode, duas das três lontras do RBV, fizeram a festa.

“Os animais em cativeiro não têm muita novidade no recinto, então, o enriquecimento ambiental é uma maneira de eles terem uma atividade extra ou algo para estimular o seu comportamento natural”, explica a zootecnista Fabiana de Orte Stamm, da Divisão de Áreas Protegidas, da Itaipu Binacional.

As lontras foram escolhidas para a ação do Dia Mundial da Água por serem grandes indicadoras da qualidade da água no ambiente onde elas vivem. Por serem topo na cadeia alimentar, sua presença em um local indica a existência de animais de níveis tróficos inferiores, ou seja, presas como peixes, por exemplo. Estes animais dependem de um ambiente limpo para sobreviverem.

Na ação desta terça-feira foram colocados peixes sobre uma pequena jangada. Logo que foi aberta a porta do recinto, Mara e Bigode mergulharam no lago em direção àquele objeto estranho e flutuante em seu “quintal de casa”. Cheiraram, beliscaram e, quando se sentiram seguras, embarcaram na jangada para buscar o alimento.

Na dieta das lontras vai sardinha, carne bovina, frango e polpa de beterraba, tudo em fatias pequenas. No total, elas recebem 700 gramas por dia, em duas porções, na parte da manhã e da tarde. O RBV tem três lontras: além de Mara e Bigode, o Iuri completa o plantel. Elas se revezam no recinto, sempre com duas utilizando o local.

Segundo Fabiana, a pequena jangada vai ficar mais um dia no recinto para o bom proveito das lontras. “Elas são animais de hábitos crepusculares, ou seja, ficam mais agitadas no início da manhã e no final da tarde. Então elas poderão brincar um pouco mais com o barco ao longo do dia”, afirma. “Se um enriquecimento, como uma jangada de bambu, fica muito tempo no recinto, ele perde um dos fatores mais importantes, que é a novidade. Por isso vamos tirar a jangada no final da tarde de quarta-feira.”

Enriquecimento ambiental

No final do ano passado, Itaipu institui um programa inédito de enriquecimento ambiental não só com as lontras, mas com vários animais do plantel. Uma empresa especializada, a Biodapt, foi contratada para fazer a análise comportamental dos animais e ajudar no desenvolvimento de protocolos e ações de enriquecimento ambiental para a melhoria da qualidade de vida dos animais.

O estudo contempla atividades específicas e planejadas para cada grupo de animais abrigados no RBV. Ao todo, são 360 animais de 61 espécies (parte no Zoo Roberto Ribas Lange, aberto à visitação pública, e parte no Criadouro de Animais Silvestres, com acesso restrito aos profissionais do RBV).

O modelo preconiza que o animal precisa estar em boas condições físicas e nutricionais, que seu comportamento deve ser o mais próximo possível do que teria na natureza, que o ambiente onde mora deve ser desafiador e ao mesmo tempo seguro; e que as experiências mentais dos animais devem ser positivas, ou seja, é preciso estimular sensações de segurança, alegria, calma, curiosidade, acesso a recompensas, entre outras.

Créditos: Stephanie Nicolli/Itaipu Binacional.

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