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“Os relatos das grandes águas” foi vencedor!

O projeto “Os Relatos das Grandes Águas”, de um grupo de quatro alunos da  da UNILA, ganhou o Prêmio de Melhor Podcast no 3º Concurso Audiovisual Ibero-americano para a Promoção das Ciências Culturais, realizado no México.

A competição faz parte do Programa Público Cumbre Iberoamericana de Medios Públicos, promovido pela Asociación de las Televisiones Educativas y Cultures Iberoamericanas (Atei).

Em síntese, o concurso é dividido em 9 categorias, houve um total de 234 inscrições. Na categoria “Programa de Rádio” ou “Podcast científico Cultural”,  foi o vencedor ” Os Relatos das Grandes Águas”.

O podcast (“cineaudio” como define o grupo)

Os relatos das grandes águas, conta a história de três amigos em sua jornada pela lenda das Cataratas do Iguaçu e contem três episódios de aproximadamente 15 minutos cada.

A primeira e a segunda contam duas lendas Guarani sobre a formação da cachoeira, e a terceira é  para “discussões” sobre a cultura Guarani.

Uma versão menor do primeiro episódio enviaram para o concurso. Outros estão em processo de conclusão.

Ao contrário da crença popular, o grupo optou por usar áudio, em vez de vídeo, para contar a história do povo Guarani relatando a formação das Cataratas do Iguaçu.

“Esse é o primeiro trabalho nesse formato (na área de cinema/audiovisual) e criou um pouco de vontade de mostrar que não é preciso usar apenas um sentido”.

“Trata-se de mostrar às pessoas que cinema não é só tela grande”, diz Vinicius Boita, que dirigiu os atores e fez o som direto. Ele diz que sempre se sentiu atraído pelo saibro no percurso. O mesmo gosto de Francisco Javier Criollo León, responsável pela montagem e edição.

 

“O som é completamente envolvente.” Isso permite muita exploração estética. Você pode ir a lugares onde não precisa de recursos visuais. “O som é muito negligenciado”, comenta Francisco.

Ocasionalmente o grupo usa o áudio e percebe que pode criar produtos que são percebidos de muitas maneiras diferentes.

“O som permite essa liberdade de várias maneiras. O formato nos permitiu ser imaginativos e incorporar outras imagens”, acrescenta Oriana Stuub, Chefe de Produção.

A escritora e diretora artística Giovana Ribeiro disse que a decisão de usar a voz é difícil, mas também abriu novas oportunidades, principalmente.

“Havia muito mais liberdade criativa, mas acho que foi um desafio combinar essa liberdade com as possibilidades.

Sobretudo, o objetivo dos alunos que contam a lenda da cachoeira era “deixar alguma coisa para Foz”.

“Viemos para cá e estudamos aqui. Ganhamos conhecimento, ganhamos experiência e ganhamos títulos. Contudo,  pensamos em como poderíamos trazê-lo de volta às nossas cidades e regiões”, diz Oriana, que também é venezuelana. Vinicius é gaúcho e Giovana é de Foz do Iguaçu.

 

Portanto, para evitar o risco de usar termos e informações incorretos que poderiam gerar conflitos, o grupo visitou aldeias indígenas locais, ouviu discursos e aprendeu a conduzir. “Somos dois brasileiros e dois venezuelanos não indígenas e temos muita consciência de que queremos contar histórias que consideramos importantes”, frisa Francisco.

“Fizemos pesquisas para conhecer mais sobre a cultura Guarani e entender um pouco mais sobre a perspectiva deles sobre o que fazemos, não apenas por meio de livros, mas de conversas com eles”, destaca.

A ideia original era ter um intérprete guarani para os personagens que dirigiam a história, mas muitas dificuldades impossibilitaram essa participação.

“Mas temos uma pessoa, Antonio, que faz parte da vila de Porto Iguaçu, Antonio está interpretando um dos deuses e sua participação trouxe muita riqueza ao projeto”, afirma Oriana.

Foram necessários três semestres de trabalho desde a produção até a conclusão do primeiro episódio.

A faixa vencedora está temporariamente disponível na página de premiações do Concurso Ibero-americano de Promoção da Cultura Audiovisual.

Senso assim, o concurso no qual “Os relatos das Grandes Águas” vence, reúne produções de países ibero-americanos.

 

Fonte: Imprensa Unila.

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