Uma operação de resgate e manejo de fauna garantiu que 81 animais de 25 espécies fossem protegidos durante a retomada das obras do Campus Arandu, da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA), em Foz do Iguaçu.
A ação foi conduzida pelo Consórcio MPD Ankara em parceria com o Refúgio Biológico Bela Vista, da Itaipu Binacional, e com apoio do Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS). O objetivo foi evitar ou minimizar impactos da construção sobre a biodiversidade local.
Fauna protegida
Entre os animais encontrados, répteis, aracnídeos e mamíferos representaram 80% dos casos.
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65% foram resgatados e soltos em áreas seguras previamente mapeadas;
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20% foram afugentados para habitats próximos;
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10% apenas avistados;
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Menos de 5% necessitaram de atendimento veterinário.
As ações incluíram planejamento prévio, reconhecimento de campo, identificação de ninhos e tocas, além de técnicas sonoras para afastar animais de médio e grande porte. Todo o trabalho seguiu normas do Ibama e do Instituto Água e Terra (IAT) do Paraná.
Compromisso socioambiental
A bióloga Bruna Galindo, líder da equipe pelo Consórcio MPD Ankara, destacou que a iniciativa estabelece um novo padrão de proteção à vida silvestre em obras de grande porte.
Já Caroline Abreu, Head de Meio Ambiente da MPD Engenharia, reforçou que grandes empreendimentos em áreas de proteção ambiental precisam de integração e planejamento para que desenvolvimento e preservação caminhem juntos.
Monitoramento contínuo
Segundo o veterinário Pedro Teles, do Refúgio Biológico Bela Vista, será feito acompanhamento de longo prazo para orientar a fauna a adotar novas rotas e habitats.
Para o gerente de projetos do UNOPS, Rafael Esposel, o caso do Campus Arandu é um exemplo de que infraestrutura e proteção ambiental podem coexistir.
A Itaipu Binacional, que cedeu a área de proteção ambiental para a universidade e financia parte da obra, também apoia as ações ambientais no campus.