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Estudantes visitam Espaço de Memória do primeiro aeroporto de Foz

Contar a história do aeroporto e da aviação é um dos objetivos do espaço; as visitas são gratuitas e podem ser agendadas.

 

Várias turminhas animadas já visitaram o prédio do primeiro aeroporto de Foz do Iguaçu para conhecer a história daquele espaço e acompanhar uma exposição sobre Santos Dumont. O antigo Aeroporto do Parque Nacional do Iguassu hoje abriga o Grêmio Esportivo e Social de Foz do Iguaçu (Gresfi) e um Espaço de Memória, projeto de extensão desenvolvido pela UNILA em parceria com o clube.

O circuito de visitas começa ainda no pátio, onde está instalado um farol de aviação, e prossegue com a apresentação de detalhes escondidos na fachada do prédio principal e de curiosidades da época em que o aeroporto estava em atividade. Os visitantes são guiados pelos “pilotos” Marcos Moraes Pereira e Pedro Louvain, responsáveis pelo projeto Espaço de Memória do Gresfi.

Na parte interna, duas salas guardam equipamentos ligados à história do aeroporto e da aviação e também fotografias, documentos e objetos que compõem uma exposição sobre Santos Dumont, um personagem importante para Foz. Foi por iniciativa do inventor do avião que foi criado o Parque Nacional do Iguaçu. A visita continua pelo salão, onde funcionaram uma cafeteria, a bilheteria, a aduana, e as áreas de embarque e desembarque e de despacho de bagagens.

Em uma das visitas, no início de agosto, o Espaço de Memória recebeu crianças de 8 a 11 anos, estudantes da Escola Municipal do Campo Brigadeiro Antônio Sampaio. Além de conhecer o local, os pequenos também participaram de atividades lúdicas: o grupo aprendeu a fazer aviões de papel e participou de competições.

Para a professora Fabiana de Alencar, que acompanhou os estudantes e é uma admiradora de Santos Dumont, é preciso não esquecer o passado. “Nós somos formados pela história, e Foz não conta sua própria história. E a história de Foz é linda”, diz.

O passeio ao Espaço de Memória do Gresfi integrou um projeto criado por ela com o objetivo de contar “a história da cidade pelos olhos de Santos Dumont”. “Ele foi tão importante para tudo o que temos hoje, as invenções e até as intervenções que ele fez”, completa. “Quando criança, eu ia às Cataratas e via a estátua de Santos Dumont junto às quedas. Fui pesquisar o porquê daquela estátua no parque, que é um dos mais importantes pontos turísticos do Brasil, e descobri essa relação com Santos Dumont.”

As crianças, que acompanharam atentas todas as explicações, elegeram suas preferências. “Gostei muito da história do aeroporto e das cadeiras e mesas altas [desenhadas por Santos Dumont]. Foi muito legal ouvir histórias sobre o avião”, contou Sofia da Silva de Oliveira, 7 anos, aluna do segundo ano.

As amigas Alessandra da Silva Neves, de 9 anos; Guadalupe Lujan, 11 anos; e Lariss Scutchuk Grizibowski, 10 anos, alunas do 5º ano, estavam empolgadas com a visita. “Eu gostei da sala onde tem as roupas [uniformes da aviação]. É legal. Tem bastante coisa que eu gostei, e eu nunca vi aquilo. A gente aprende coisas novas. Deu vontade de voltar de novo”, conta Alessandra. Os uniformes e os objetos que compõem a exposição sobre Santos Dumont também chamaram a atenção das outras duas colegas. “Gostei daquela cadeira alta, do uniforme. Gostei de bastante coisa, tudo antigo”, comenta Lariss.

O Espaço de Memória já recebeu mais de 300 visitantes em um ano e meio de atendimento, explica Marcos Pereira, que é estudante de História (licenciatura) da UNILA e encarregado de acompanhar os visitantes pelo prédio. “Sou apaixonado por estar aqui e acompanhar as visitações. Para mim, é um incremento muito grande na minha vida acadêmica poder utilizar o que a gente aprende em sala de aula na prática e ver nos olhos das pessoas o quanto isso é significativo”, diz.
O prédio do Gresfi é objeto de um pedido de tombamento como patrimônio histórico e cultural da Cidade, protocolado na Prefeitura em 2019. “Hoje a gente não tem nenhum patrimônio tombado em nível municipal. Temos em processo de tombamento 11 ou 12 prédios históricos”, comenta Marcos. “E para dar uma outra utilidade para esse patrimônio histórico é preciso fazer as pessoas terem consciência disso.”

Créditos: UNILA.

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