Instituições assinaram documento que será encaminhado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Na tarde desta terça-feira (06), em passagem pelo Show Rural Digital, o Governador do Estado, Ratinho Junior, endossou o movimento das instituições paranaenses que pleiteiam junto ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) a criação do Centro de Inteligência Artificial, com sede em Foz do Iguaçu.
A adesão do governo estadual soma forças à proposta apresentada pelo Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e a Itaipu Binacional ao ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o astronauta Marcos Pontes, na última segunda-feira (3), e que obteve uma sinalização positiva por parte do ministro.
O objetivo é que o laboratório seja instalado no Parque Tecnológico e atue com foco na temática da agroenergia, de forma integrada com os demais atores do território, tendo conexões em outras cidades-polo do Oeste do PR. A iniciativa conta ainda com apoio da Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNDETEC), do Biopark, do Iguassu Valley e do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), através do Sistema Regional de Inovação (SRI).
O Oeste Paranaense tem o setor agroindustrial como principal fator de desenvolvimento econômico. Na região, estão localizadas seis das 20 maiores cooperativas do agronegócio nacional, com faturamento na ordem de R$ 30 bilhões de reais anuais. A segurança energética da cadeia produtiva da proteína animal é um dos maiores desafios encontrados pelos produtores e empresas.
Avicultura
Ocupando atualmente a liderança nacional no ranking dos Estados produtores e exportadores de carne de frango, a avicultura do Paraná é responsável por 34,32% do total produzido no País e por 37,20% do volume embarcado para o mercado internacional. A carne de frango representa 70% das exportações do Oeste.
A criação de frangos é uma das atividades mais dependentes de energia. A interrupção no fornecimento de eletricidade, ainda que por poucos minutos, pode ocasionar prejuízos significativos aos produtores. O mesmo cenário se aplica para a suinocultura, piscicultura e pecuária. Por isso, a necessidade de busca por soluções para este desafio.
Neste sentido, utilizar a tecnologia da inteligência artificial traria, entre outros benefícios, a possibilidade de desenvolvimento do agronegócio 4.0, ampliação de laboratórios de pesquisa e desenvolvimento, atração de empresas inovadoras com soluções voltadas para o tema e, principalmente, movimentaria as parcerias regionais em prol da criação de projetos e ações que promovam a modernização e a atualização tecnológica da cadeia agroprodutiva, gerando ativos econômicos e competitividade para o agronegócio local, tornando-se um modelo de polo de inovação para o Brasil.
Foto: Kiko Sierich/PTI