Umidade elevada dos grãos pode gerar perdas e elevar os custos de secagem na segunda safra de milho

Durante o pico da colheita do milho safrinha no Paraná, as condições climáticas instáveis preocupam produtores, especialmente nas regiões norte e oeste do estado. A previsão indica possibilidade de chuvas ao longo da semana, o que pode afetar diretamente os trabalhos no campo. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), mais de 55% da área cultivada já foi colhida, mas o excesso de umidade ainda é um risco para a qualidade do grão e o custo da operação.

🌱 Umidade ideal na colheita evita perdas e aumenta o lucro

A umidade dos grãos é um fator decisivo para o sucesso da colheita. Quando acima do ideal, além de dificultar a entrada das colheitadeiras nas lavouras, aumenta os custos com secagem artificial e compromete a qualidade final do milho.

Nos Campos Gerais, onde a área plantada foi menor nesta safra, os resultados foram considerados positivos. De acordo com Homero Pereira, gestor da Fazenda Serrana (entre Ponta Grossa e Curitiba), a colheita foi realizada com umidade média de 21,6%, considerada dentro do padrão aceitável.

🧪 “Monitoramos tudo com o Motomco Connect, equipamento portátil de umidade. Ele nos ajuda a determinar o ponto ideal para a colheita”, afirma o gestor.

Um mês antes, os índices estavam entre 28,8% e 25,4%, o que comprova a importância do monitoramento frequente.

💡 Estratégias para lidar com a umidade: tecnologia e planejamento

Colher o milho com umidade abaixo de 14% pode causar quebras no grão, segundo Pereira. Por isso, o ideal é buscar um equilíbrio entre qualidade e custos, levando em conta também a próxima cultura a ser implantada na mesma área.

🔄 Se o produtor pretende plantar feijão em seguida, por exemplo, a colheita deve ocorrer com umidade mais alta (entre 27% e 28%).

Mesmo com as variações, os 21% registrados nesta safra são considerados economicamente viáveis e com menor gasto na secagem.