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Itaipu avança com projeto de usina solar flutuante e deve começar a gerar energia em novembro

A Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu (PR), está na fase final de instalação da usina solar flutuante no reservatório da hidrelétrica. O projeto-piloto de 1 MWp (megawatt-pico) marca mais um passo importante rumo à diversificação da matriz energética e à sustentabilidade na região trinacional.
A previsão é que o sistema entre em operação em plena carga até o fim de novembro de 2025.

Energia solar flutuante em Itaipu entra na fase final

Na última semana, a Itaipu concluiu a montagem e ancoragem da ilha solar flutuante, instalada sobre flutuadores em uma área de 7.600 m². A estrutura já recebeu os 1.568 painéis fotovoltaicos, que serão conectados à rede interna da empresa para geração de energia limpa destinada ao próprio consumo da hidrelétrica.

As próximas etapas envolvem a instalação dos últimos cabos de energia e comunicação, seguidas pelos testes de comissionamento a frio (sem geração de energia) e comissionamento a quente (com energização dos equipamentos).

De acordo com o engenheiro Márcio Massakiti Kubo, da Superintendência de Energias Renováveis, a instalação é pioneira:

“É o primeiro sistema solar flutuante em uma hidrelétrica binacional. A localização próxima ao vertedouro exige cuidados extras de segurança e operação.”

Projeto pioneiro em energia renovável

O projeto-piloto solar flutuante da Itaipu Binacional tem como objetivo avaliar a viabilidade técnica, os benefícios energéticos e os impactos ambientais da tecnologia. Durante um ano, os dados coletados vão servir de base para futuras expansões no reservatório de Itaipu e em outras usinas do Brasil e do Paraguai.

Segundo estudos iniciais, cobrir apenas 1% da área do reservatório com painéis solares poderia gerar até 3,6 TWh por ano — equivalente a 4% da produção anual da usina em 2023.


Monitoramento ambiental e sustentabilidade

A Itaipu destaca que não foram identificados impactos ambientais significativos até o momento. Mesmo assim, serão realizados monitoramentos contínuos, com o apoio dos parques tecnológicos do Brasil e do Paraguai, para acompanhar possíveis efeitos sobre:

  • aves e peixes;

  • qualidade da água;

  • floração de algas;

  • alterações de habitat.

Esses estudos reforçam o compromisso da empresa com o desenvolvimento sustentável e com o equilíbrio ecológico da região.

Itaipu e o futuro da energia limpa na região trinacional

Além da geração solar flutuante, a Itaipu Binacional investe em biogás, hidrogênio verde e microgrids — tecnologias que fortalecem o papel da empresa como referência internacional em energias renováveis.

A iniciativa contribui para consolidar Foz do Iguaçu como um polo de inovação energética, turismo científico e desenvolvimento sustentável, unindo Brasil, Paraguai e Argentina em torno da energia limpa.

O projeto solar flutuante da Itaipu Binacional representa um marco para a transição energética da América do Sul. A integração entre energia hídrica e solar demonstra que é possível ampliar a produção elétrica com baixo impacto ambiental, gerando conhecimento, inovação e sustentabilidade para as próximas décadas.