O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri, destaca o Programa Mais Engenharia como uma ação estruturante que promove transformações duradouras nos municípios. Segundo ele,
“O objetivo é modificar a estrutura dessas cidades, evitando o assistencialismo. Enviar recursos sem planejamento não altera a realidade local. Ter uma equipe técnica comprometida é o que realmente gera impacto.”
O diretor administrativo da Itaipu, Iggor Rocha, ressalta dois desafios atuais do Brasil: a escassez de profissionais de Engenharia e a carência de projetos qualificados para os editais do Governo Federal e da própria Itaipu.
“Esses problemas estão interligados. Por isso, desenvolvemos o Mais Engenharia para enfrentá-los de forma integrada”, explicou.
Inscrições abertas para o Programa Mais Engenharia
As inscrições para o programa já estão abertas no site do Crea-PR:
https://www.crea-pr.org.br/ws/programa-mais-engenharia/.
O edital ficará disponível até 13 de julho. A seleção considera critérios como:
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Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)
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Residência do engenheiro na cidade
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Proporção de engenheiros por mil habitantes no município
O resultado será divulgado em 31 de julho.
Curso de especialização em Gestão Pública em Engenharia e Desenvolvimento Sustentável
O curso será ministrado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e tem início previsto para 1º de outubro. Com carga horária de 480 horas distribuídas em 24 meses, contará com:
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16 professores especializados (um por disciplina)
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50 orientadores para os trabalhos de conclusão
Os bolsistas devem dedicar 30 horas semanais a atividades práticas nas prefeituras participantes. Cada aluno desenvolverá quatro projetos, cujos direitos autorais serão cedidos ao Crea-PR para aplicação em municípios paranaenses.
Impacto e abrangência do programa
O presidente do Crea-PR, engenheiro agrônomo Clodomir Luiz Ascari, destaca a capilaridade da entidade, que abrange os 399 municípios do Paraná.
“O que falta é especialização para criar projetos eficazes. Nenhuma cidade paranaense prospera sem uma equipe de engenharia qualificada na prefeitura.”
O vice-reitor da UEPG, professor Ivo Mottin Demiate, ressalta a inovação do projeto, que foca nos pequenos municípios com dificuldade de acessar recursos por falta de projetos estruturados.
“Essa realidade também é percebida dentro da universidade e precisa ser transformada.”